sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Filme - Cazuza, O Tempo Não Para.

"Exagerado!"

Titulo Original: Cazuza O Tempo não Para
País de Origem: Brasil
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 90 minutos
Ano de Lançamento: 2004

 
É uma cinebiografia de um dos mais importantes cantores e compositores do rock brasileiro dos anos 80 e 90. O filme mostra a vida intensa de Cazuza: juventude, amores, o início da fama com a banda Barão Vermelho, a carreira solo e a Aids


"Por que você não é como os outros eim Cazuza?"
"Porque os outros mãe, são cheios de defeitos."


Cazuza – O Tempo Não Pára, de Sandra Werneck e Walter Carvalho, com produção de Daniel Filho, se desenvolve em dois tempos distintos, tanto conceitual quanto esteticamente. No primeiro, o filme se concentra na juventude do cantor e compositor carioca, interpretado por Daniel de Oliveira, desde a entrada no Barão Vermelho até o pico do sucesso, o rompimento com a banda e a descoberta da aids. Há nas cenas a predominância da luz solar e das cores fortes, realçada pela fotografia granulada e por uma câmera solta e nervosa.


"Poetas e loucos, aos poucos. Cantores do porvir, e mágico das frases endiabradas sem mel. Senhoras e senhores, trago boas novas. Eu vi a cara da morte, e ela tava viva."


Na segunda parte, o foco é a doença. Nesta porção, misturam-se um pouco da consagração de Cazuza como artista solo e a dura convivência com o vírus e suas conseqüências. As imagens começam a ganhar cores mais esmaecidas e luzes atenuadas, o granulado se mantém e a câmera ganha uma estabilidade maior.


O subtítulo O Tempo Não Pára, tirado de uma das letras de Cazuza, tem uma função quase conceitual. Para o cantor e compositor, o tempo tinha um ritmo diferente, um andamento especial, o que lhe permitia viver intensamente. Além de não estar impresso nas imagens, esse conceito parece não casar com a visão edulcorada da vida de um jovem pequeno burguês que virou símbolo do inconformismo e de toda uma geração.
" Tuas idéias não correspondem aos fatos."

  
Daniel de Oliveira além de todo o preciso trabalho corporal, captou toda a essência de Cazuza, transformando o protagonista não apenas em uma figura de uma típica cinebiografia, mas também em um personagem digno de um ótimo filme dramático. Daniel mergulhou no personagem e o resultado alcançado por ele não é menos do que excepcional.

Em algumas cenas, algumas das pessoas que foram representadas pelos atores aparecem verdadeiramente. Durante a canção Maior Abandonado, quando o personagem Zeca, vivido por Emílio de Mello, joga um copo no palco e Cazuza corta o pé, aparece, ao seu lado, o verdadeiro Zeca (Ezequiel Neves). Pouco depois, durante a canção O Tempo Não Pára, aparece a verdadeira socialite Lucinha Araújo (vivida no filme por Marieta Severo), aplaudindo e jogando uma rosa ao palco.

  
 “Prefiro viver dez anos a mil, do que mil anos a dez”.

 Principais prêmios:

  • Venceu nas categoria de melhor filme, melhor ator (Daniel de Oliveira), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição, Melhor Som, Melhor Trilha Sonora e Melhor Fotografia. Também foi indicado a Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino, Melhor Ator Coadjuvante (Emílio de Melo), Melhor Atriz Coadjuvante (Andréa Beltrão) e Melhor Atriz Coadjuvante (Leandra Leal).
  • Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Ator de Cinema de 2004 (Daniel de Oliveira).
  • Troféu APCA de Melhor Ator (Daniel de Oliveira).
  • Prêmio Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira como Melhor Ator de 2004 (Daniel de Oliveira).
  • Prêmio do Festival de Cinema Brasileiro de Miami de Melhor Ator (Daniel de Oliveira) e Melhor Filme.
  • Prêmio do Festival de Cinema Ibero-Americano LaCinemaFe de Melhor Filme e de Melhor Ator (Daniel de Oliveira). 

Nunca tive medo de me mostrar. Você pode ficar escondido em casa, protegido pelas paredes. Mas você tá vivo, e essa vida é pra se mostrar. Esse é o meu espetáculo. Só quem se mostra se encontra. Por mais que se perca no caminho.” 
 

Tô cansado de tanta caretice, tanta babaquice, desta eterna falta do que falar.

"Eu sou da geração do desbunde. Nunca tive saco pra milico, desfile, gente com medo. Todo mundo ficava parado, mudo, anestesiado. Não dava pra fingir que não tinha nada. Pra mudar alguma coisa, a gente teve que gritar, se drogar, ir pra rua, enfrentar nossa própria fraqueza. Era uma maneira de não se render, e não ficar careca . . . careta."

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